A BAQUARA – O ADEUS
A BAQUARA – O ADEUS
Sua doce voz ainda chega até mim,
Como o chamado do adjá no ritual.
Já não sei mais o que é verdade ou não,
As ilusões viraram fumaça de incenso.
Você se sente tão baquara em você,
Na escolha de suas novas companhias,
Que prefiro entrar em oração apenas.
Você se acha baquara para todos,
Mas todos se afastam de você, por quê?
Porque sua doce voz deixou de enganar,
Sua audácia de baquara acabou linda,
Acorde antes que seja tarde demais.
Antes que a canção no radio pare de tocar.
No jogo dos baquaras todos são amigos,
Mas na queda todos sumirão de vez.
Amo-te muito, você é minha tatuagem,
Tatuagem de alma invisível aos olhos,
Mas estou ao seu lado para ajuda-la,
Se cair, espero que não me chame.
Escutarei sua voz suave e irei até você.
Tirarei sua mascara de baquara,
Ajudarei você a levantar e deixarei você voar.
André Zanarella 21-07-2013
Baquara
Adj. e s.m. e f. Bras. Que ou quem é vivo, sabido, esperto.
Adjá
S.m. Instrumento musical afro-brasileiro, espécie de campainha de metal, simples ou dupla.