Reencontro

Ti espero há anos ...

sonhamos tantos planos ...

Atitudes impensadas

atalharam nosso amor

e, subitamente,

nossas vidas seguiram

seu caminho afastadas

Deixamos de viver momentos ímpares

no mundo aberto que tínhamos

onde (quase) tudo era propício

até cairmos por fim no precipício

Hoje a esperança retorna

meu sorriso se alarga

chance de ti encontrar novamente

tu – justamente (ainda) o elo da minha corrente

Se você vier

venha leve – nada breve

sente com tempo prá matar a minha saudade

que poderá não ser a tua

mas é sentida – nítida - nua

Nossas fotos serão revistas

riremos dos nossos feitos

esqueceremos o amor desfeito

perdoaremos um ao outro

feito crianças em sonho

Se você vier não se assuste

mudei com a saudade

sou outra – camaleoa

transpus minhas vontades

adaptada à nova realidade

Mas o chá será servido

tuas palavras sorvidas

meus olhos em lágrimas (antecipo)

falarão como um grito

o fim? só no infinito

(publicada no Caderno Pragmatha 58)

Rosalva
Enviado por Rosalva em 09/07/2014
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