E a vida pulsa ...

E a vida pulsa

freneticamente

nas ruas dos centros urbanos cheias de vazios

contempladas pelas nuvens errantes a cismar

por que tanta pressa e tão pouco riso ?

E a vida pulsa

pausadamente

nos campos distantes iluminados pelo silêncio

embalando os olhos sonhadores diante do céu

ou sonhando livrar- se do tédio de todo dia ?

E a vida pulsa

insistentemente

nos corações à procura do amor ,

no olhar da criança que ignora o tempo ,

nos dentes do cão que abocanha o osso ,

no pensamento absorto do velho sentado na praça ,

nos encontros e desencontros marcados pelo acaso .

E a vida pulsa no infinito azul desse poema rabiscado subitamente no papel.

Elisângela Bankersen
Enviado por Elisângela Bankersen em 08/07/2014
Reeditado em 08/07/2014
Código do texto: T4874807
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