MEU CHÃO
Árida veia agreste,
Tem este manco.
Cancioneiro Dum provim!
Esculpiu suas palavras no seu solo,
Seu povo, pisarão.
Poeta sem povo...
Que desceu com o Capibaribe,
Queimou os anos!
Mas, não se fez cinza seu templo.
Árida veia agreste,
Carrega neste manco...
Afluente duma humanidade!
Não pode desemboca.
“triste sina de poeta manco”
Não pode desemboca na sua cidade.
Árida veia agreste,
Pousa neste manco.
Da pele vestida da sua gente,
O poeta tingiu...
O que pousa livremente!