INCONCLUSÕES


no rolar das pedras ladeira abaixo,
não sei em qual ditame me encaixo,
só sei que a brisa sopra indolente,
fazendo farfalhar as tenras folhas,
orvalhando os prados como bolhas,
dissipando no ar, beijando a gente!

outrora um fetiche sem malícias,
agora um caso de desejos e delícias,
nada mais que vontades sem pudor,
um pouco de tudo, mas quase nada,
cabeça no prumo, a ideia virada,
o passo sem rumo, o gosto do amor!

a castidade da terra, um passo falso,
a noite sem luz, o próprio cadafalso,
o diz que me diz, sem nada dizer,
quem dera um dia na prosa maçante,
o dia se faça de forma marcante,
que tudo não seja apenas sobreviver!