ESTRANHO SABER
tu sabes que nada sabes
tu sabes que sabes demais
tu finges que finges
tu forjas e nada faz...
se és feliz, se és mocha
não te importa o meu caminho
tuas flores são espinhos
afiados, não me tocam...
provocas, despertas, inflamas
agitas e te calas nas noites em solidão
não te lembras , te esqueces?
tu não me confundes não...
eu bem sei que tu mereces
esta vasta solidão
o vazio de minhas palavras
a apática mudez do meu silêncio só
a chave das minhas algemas, amarras
me liberta de tudo e de todos
nada me atinge, nada me toca, nada me prende
tu sabes que sabes
tu finges que finges
tu forjas o indício
e no fim, tudo é ínicio...