Quem faz a festa da Copa

Quem faz a festa da Copa

Não sou eu

Nem é você

Não é a multidão apinhada

Querendo, nos estádios, garantir a entrada

Não é a mundial autoridade

Arrogante, cheia de vaidade

Quem faz a festa da Copa

Não é a nação hospedeira

A presidenta

Não é o hino ou a bandeira

Representativos da cultura

Nem o dinheiro do povo

Usado de forma fraudulenta

Não são as arenas monumentais

Nem os aviões de grande carreira

Nem o estrangeiro elogiando

Sequer dizendo besteira

Quem faz a festa da Copa

Não é a família reunida

Nem o telão aberto na avenida

Não é a Maria chuteira

Nem o gay com olhar penetrante

Na área central do atacante

Nem aquela que canta e dança

Querendo do craque a “poupança”

Quem faz a festa da Copa

Não é a comilança, nem o refrigerante ou a cachaça

Não é a bola que de um pé para outro passa

Não é a trave, nem o goleiro

Também não é o artilheiro

Quem faz a festa da Copa

Não é a arbitragem

Quer justa ou injusta

Nem os médicos de plantão

Nem o banco de reserva

Os técnicos também não

Quem faz a festa da Copa

Não é o lance que se completa em gol

Não é o grito preso na garganta

Nem a cobrança da penalidade

A punição ou a impunidade

Não é a vaia dos estúpidos

Nem os aplausos da galera

Quem faz a festa da Copa

Seja nesta ou noutra era

Eu digo, sem temor

Quem faz a festa da Copa

É da peleja o NARRADOR