Sentidos

Sinto-te , amor

Em cada falta inesperada;

No solo do passarinho e seu clamor

Para que minha alma desencantada

Consiga adormecer tranquilamente

Enquanto sua ausência em mim se faz pungente

Enquanto meu corpo se afoga em águas rasas.

Sinto-te, amor

Nos versos todas as vezes em que escrevo,

Nas maçãs do rosto inevitável é o rubor

Quando releio minhas cartas e meus apelos

Se queres saber , meu bem...

Ainda tenho a mania de querer mais do que devo,

Passar as noites de olhos abertos

Almejando um futuro que nunca vem.

Sinto-te, amor

Eis a razão pela qual sobrevivo

Embora o amor já tenha falecido.

Para que não perecesse o meu interior

Permanece em mim os sentidos.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 04/07/2014
Reeditado em 11/07/2014
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