POEMIX
finalmente nasce
filho de muitos milhões
- gol do Brasil
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lá vem de novo
a monstruação
feito bicho doido
dentro de mim
acorda com as luas
só dorme com sacrifícios
rios de sangue
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Sem título, sem copa
não vai ter copa
no barracão
só a sala de estar
mudo
e um real de pão
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bom dia camaradas
de elegância metafórica
para falar desse dia
(terrível dia)
em que a morte
bateu um remix
na porta dos outros
portas transparentes
lá dentro se vê fora
e fora se vê dentro
rap transnacional
batida death metal
compasso doente
de uma teoria geral do
esqueci, gente
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é uma tristeza de nome
o danado do miojo
meio mijo meio nojo
mas é gostoso e se come
pois o nome não importa
o que se come se arrota
vai parar tudo no bojo
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SEM TÍTULO, SEM TEMPO
com licença estou
sem tempo
sem tempo pra pensar
sem tempo pra escrever
sem tempo nem pra miojo
me alimentando de vento
que passa pela cabeça
enquanto eu vou correndo?
(ia até terminar
com algo bonito
desculpa aí
não dá tempo)
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parei de não frequentar a vida
parei
não passei pelas vielas
vi ela ali
aliviei-me
e dessorri
Dija Darkdija