A MORADA VELHA
Deserto
De areias brancas
Um qualquer canto
A longe do “tudo”
Um ponto iluminado
Distante parece
Aos que passam
E se esquecem
Do mundo
Se via alguém rindo
Da solidão
Mãos que cortavam
Sangravam a terra
Construia veias
A descoberta
Como teias
Se fez coração
Aporte sagrado
De um forte
Abraço do tempo
Nuvens que pareciam
As mesmas que se via
No chão
Que choravam
Águas sedentas
De mar
Água benta de sal
Ainda corre por lá
Até hoje!