OS OLHOS DA NUCA

Tire as coisas

Do fundo

Pra saber

O que estava fazendo

Ontem a tarde

Um pouco perto da noite

Houve um clima

Passado

Irá descansar do amor

Paira a sombra

Da sobra

Que se foi

E voltou

Sua companhia

Não me agrada

Bebo um rum

Envelhecido

Parecido com vinho

Amargo

Desce doce

Pois é

Como se fosse

Se embeber da alma

De um morto

Encolheirado

Saído da tumba

Assombrando

Matinas úmidas

De limo

A noite da macumba

Celebrando

Entidades vivas

Eu estava no fogo

Feito menino

Dançava

Desapercebido

O meu perigo

Vivia

Comigo.