Cinzas da manhã

Amanhecer

com um choro latente

que ferida indolente

há nessa alma

desolada!?

O medo do tempo,

implacável e indestrutível,

que leva surdo

a flor que a natureza nos deu.

E a morte que pensamos

sempre em dualidade,

que seja nunca

ou que seja logo.

Que noite dolorosa

dormiu quem chora de manhã

quais furtos as ilusões da vida

causaram a tal flor caída.

Depois da tristeza esvaída,

vem uma força querida e egoísta

de que nada há de se derrotar

tão efêmera, atrevida na vida,

é o orgulho de quem se ama,

orgulho de quem se encontra,

brutalidade insana da alma,

que doravante, até o anoitecer,

é inexorável.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 01/07/2014
Reeditado em 01/07/2014
Código do texto: T4865530
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