Dos versos que não sei
Passo por onde o destino se esvai,
saio de onde o desejo se esconde,
meço na palma da mão meu acaso,
trilho uma trilha que vai, não sei onde.
Salto a fronteira das terras do sol,
ando entre dunas de sais e areias,
calo-me ante as intempéries da vida,
vou e não venho, pois não sei voltar.
Passeio nas cordas de outra canção,
procurando os jardins que desejo ver,
leio nos versos dos poetas românticos,
o lirismo recatado que nunca soube escrever