Dos versos que não sei

Passo por onde o destino se esvai,

saio de onde o desejo se esconde,

meço na palma da mão meu acaso,

trilho uma trilha que vai, não sei onde.

Salto a fronteira das terras do sol,

ando entre dunas de sais e areias,

calo-me ante as intempéries da vida,

vou e não venho, pois não sei voltar.

Passeio nas cordas de outra canção,

procurando os jardins que desejo ver,

leio nos versos dos poetas românticos,

o lirismo recatado que nunca soube escrever

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 30/06/2014
Reeditado em 19/07/2015
Código do texto: T4865060
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