O meu limite.

Hoje acordei triste.

Penso estar chegando

Tão perto do meu limite.

O meu rio,transbordou...

Eu acordei afogada,quase morta.

E a canoa que passou,estava "torta"

Não pude me salvar...

Pendurei-me em uma estrela,

Mas,as pontas,feriram as pontas dos meus

dedos.E caminhar,voar machucada...

Fere os meus medos (os meus dedos)

E o limite...engolindo-me pelos pés...

Foi chegando tão depressa...

Tive tempo de fazer uma prece,uma promessa.

E a garganta sufocada,enroscada de tantas luas.

Deixo-nos nuas...eu e a poesia.

Eu e a doce lembrança.

Eu e a criança submersa.

E os cabelos vermelhos, o corpo "infantil"...

Se foram...sobraram fios de cobre,da pobre criança.

E a promessa se cumpriu...

E afogaram-se todos.

O sonho ruiu,a promessa partiu.

Sobrou a poesia,a poetisa.

E riu...o rio,o limite e a lua...

Sempre minha e tua.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 14/05/2007
Reeditado em 14/05/2007
Código do texto: T486473
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