O meu limite.
Hoje acordei triste.
Penso estar chegando
Tão perto do meu limite.
O meu rio,transbordou...
Eu acordei afogada,quase morta.
E a canoa que passou,estava "torta"
Não pude me salvar...
Pendurei-me em uma estrela,
Mas,as pontas,feriram as pontas dos meus
dedos.E caminhar,voar machucada...
Fere os meus medos (os meus dedos)
E o limite...engolindo-me pelos pés...
Foi chegando tão depressa...
Tive tempo de fazer uma prece,uma promessa.
E a garganta sufocada,enroscada de tantas luas.
Deixo-nos nuas...eu e a poesia.
Eu e a doce lembrança.
Eu e a criança submersa.
E os cabelos vermelhos, o corpo "infantil"...
Se foram...sobraram fios de cobre,da pobre criança.
E a promessa se cumpriu...
E afogaram-se todos.
O sonho ruiu,a promessa partiu.
Sobrou a poesia,a poetisa.
E riu...o rio,o limite e a lua...
Sempre minha e tua.