Para "Bandeira e todos os Poetas"

Para "Bandeira e todos os Poetas"

Ana Marly de Oliveira Jacobino

Que saudades do Brasil...

Lá, eu era amigo do Poeta.

Lia, Andrade, Bandeira, Drummond...

Cecília, Francisca, Gilka...

No sítio do meu avô Giubbina,

De bermuda, chinela, camiseta,

Caminhava pela grama orvalhada.

Que saudades do Brasil...

Como, Lispector fui feliz por lá,

No Brasil tinha grandes aventuras, como;

coordenar um Sarau Literário, repleto

de composições, poemas...

de quem sabe fazer

o bom e belo, juntando as palavras.

Passar por Passargada e visitar Bandeira.

Vou voltar...

Conhecerei meninos e meninas;

brancos, negros, índios...

Vou visitar a linda casa, "Encantada de Santos Dumont"!

Subir os degraus da escada com o pé direito,

Escada, que ele planejou, enquanto, fazia o avião.

Ouvirei Villa Lobos em sua Sinfonia de Brasilidade,

E, no Carnaval de Ouro Preto, descerei as históricas ladeiras,

com as Repúblicas Históricas,

vestida de colombina.

Que saudade do Brasil...

Lá, sou amiga do Bandeira

Sei que seus poemas são belos!

Tem bolsa família para os mais pobres.

E, os trens sumiram das estações,

As ruas viraram sambódromos

Os rios, alguns, estão poluídos...

Faltam polìticas públicas...

Consciência para os governantes e,

Para o povo na hora de votar!

Mas, as pessoas são alegres, mesmo assim...

Quero ir à Sala São Paulo

Cantando no “Trenzinho Caipira”.

Beber uma caipirinha em Piracicaba.

Ler as homilias de D. Paulo Evaristo Arns,

Na linda Catedral da Sé.

Vou-me embora para o Brasil!

E , se, porventura vier a sentir

saudade do vento gelado,

De ouvir um Jayhawks, imitar o toque do celular

De ver as árvores sem folhas,

E a grama queimada pela neve tão alva,

Quem sabe volte pra lá.

Talvez! Porque, aqui no Brasil sou tão feliz!

Que saudade do Brasil...

Lá sou amiga do Bandeira

Sei que no Brasil há Antonio, Benedito, João, Pedro...

Antonia, Benedita, Joana, Heloisa...

Terei uma cama de palha de milho,

Cachaça, mandioca, pamonha, rapadura...

e um amigo, à quem escrever.

Porque no Brasil, quem é amigo do Bandeira,

É quase, como amigo do Rei.

(Dedico este poema paráfrase para todos os Artistas, Escritores, Músicos( Alê Bragion) e Poetas ( Richard Mathenhauer), e, para o grande escritor, pensador Stefen Zweig, que foi um apaixonado pelo Brasil.