Marfim e ébano
Se o ébano e o marfim convivem juntos,
No piano, harmônicos, a se completarem,
Sem tanto, como nós somos, se amarem,
Por que não o podemos, eu me pergunto?
Por que temos que viver assim distanciados,
Premidos por forças alheias, de terceiros,
Que não vêem como primeiro e derradeiro,
Este infinito amor que nos une e temos amado?
Por que eles não querem enxergar a garra
Com que defendes nosso amor talvez insano,
Que se manteve preservado por tantos anos,
E que hoje aflora, incontido de suas amarras?
Se eles não conseguem ver o de que me ufano,
Que somos marfim e ébano, a cada instante,
Somos, a cada dia, mais amados e amantes,
Eternamente ligados como teclas de um piano.
Se o ébano e o marfim convivem juntos,
No piano, harmônicos, a se completarem,
Sem tanto, como nós somos, se amarem,
Por que não o podemos, eu me pergunto?
Por que temos que viver assim distanciados,
Premidos por forças alheias, de terceiros,
Que não vêem como primeiro e derradeiro,
Este infinito amor que nos une e temos amado?
Por que eles não querem enxergar a garra
Com que defendes nosso amor talvez insano,
Que se manteve preservado por tantos anos,
E que hoje aflora, incontido de suas amarras?
Se eles não conseguem ver o de que me ufano,
Que somos marfim e ébano, a cada instante,
Somos, a cada dia, mais amados e amantes,
Eternamente ligados como teclas de um piano.