DESENCONTRO
Projetei os desejos inocentes
no espelho do tempo antigo
e colhi respostas desconsoladas:
há tantas coisas que não fiz;
há tantos medos não vividos;
paixões demais não compartilhadas!
Eu te diria, Maria,
nem tanto de amar,
nem tanto de querer.
O que queria,
Beatriz,
era te ver feliz.
Assim, mulher, te falaria
sobre poesias inacabadas,
angústias não divididas,
incautos bocejos!
Seríamos, então, íntimos
numa tarde banal de verão,
num desatento senão!
No desencontro
de uma rua qualquer
de Barcelona
te perseguiria em Verona,
Suzana,
feito a alegria,
feito a desistência da mulher,
do olhar do amor,
do amor que não tive,
da mulher que não tive.
Projetei os desejos inocentes
no espelho do tempo antigo
e colhi respostas desconsoladas:
há tantas coisas que não fiz;
há tantos medos não vividos;
paixões demais não compartilhadas!
Eu te diria, Maria,
nem tanto de amar,
nem tanto de querer.
O que queria,
Beatriz,
era te ver feliz.
Assim, mulher, te falaria
sobre poesias inacabadas,
angústias não divididas,
incautos bocejos!
Seríamos, então, íntimos
numa tarde banal de verão,
num desatento senão!
No desencontro
de uma rua qualquer
de Barcelona
te perseguiria em Verona,
Suzana,
feito a alegria,
feito a desistência da mulher,
do olhar do amor,
do amor que não tive,
da mulher que não tive.