CAMINHANTES
Nas ruas, a multidão agitada
Aglomerados de pessoas indo e vindo, nas ruas, avenidas, becos e anéis viário
Cada uma dessas pessoas em busca de seus sonhos e ideais
Cada uma, no andar apressado e solitário
Olhares ansiosos, sonhadores, esperançosos, melancólicos
Olham para o chão, onde pisam suas amarguras
Fitam o céu, a procura da luz redentora aos seus valores
Na caminhada buscam o pão para o corpo
Nas preces acolhem o pão para a alma
Olhares perdidos em busca de um emprego, uma colocação
Como manter a calma?
Como ser realmente um cidadão?
Cidadania para todos, dizem os governantes
Mas nessa metrópole, onde o poder e capitalismo ditam as regras
É realmente, cada um para si e Deus para todos
Realidade sofrida e angustiante
Sonhos que guiam cada ser caminhante
Seres caminhantes que madrugam em busca do alimento, do remédio, da sobrevivência
Com os olhos atentos à violência que vem daquele semelhante que quer lhe tomar, aquilo que ele não tem
Porém, com o coração repleto de esperanças, tentando confiar vir dos poderosos alguma benevolência
No retorno, o cansaço, as mesmas expectativas e sonhos
No suor de cada rosto, o semblante exaurido, porém, perseverante e confiante
E de volta a morada, no repouso merecido, preparando-se para o dia seguinte, em nova jornada.