CAMINHANTES

Nas ruas, a multidão agitada

Aglomerados de pessoas indo e vindo, nas ruas, avenidas, becos e anéis viário

Cada uma dessas pessoas em busca de seus sonhos e ideais

Cada uma, no andar apressado e solitário

Olhares ansiosos, sonhadores, esperançosos, melancólicos

Olham para o chão, onde pisam suas amarguras

Fitam o céu, a procura da luz redentora aos seus valores

Na caminhada buscam o pão para o corpo

Nas preces acolhem o pão para a alma

Olhares perdidos em busca de um emprego, uma colocação

Como manter a calma?

Como ser realmente um cidadão?

Cidadania para todos, dizem os governantes

Mas nessa metrópole, onde o poder e capitalismo ditam as regras

É realmente, cada um para si e Deus para todos

Realidade sofrida e angustiante

Sonhos que guiam cada ser caminhante

Seres caminhantes que madrugam em busca do alimento, do remédio, da sobrevivência

Com os olhos atentos à violência que vem daquele semelhante que quer lhe tomar, aquilo que ele não tem

Porém, com o coração repleto de esperanças, tentando confiar vir dos poderosos alguma benevolência

No retorno, o cansaço, as mesmas expectativas e sonhos

No suor de cada rosto, o semblante exaurido, porém, perseverante e confiante

E de volta a morada, no repouso merecido, preparando-se para o dia seguinte, em nova jornada.

Fathyma Jaguanharo
Enviado por Fathyma Jaguanharo em 29/06/2014
Código do texto: T4862987
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.