A HISTÓRIA QUE FICA
La no bar
Entre os velhos
Sabichões
A aposta era
Será que ela deve
Se deve estar
Aqui perdida
Mulher divina
Áurea amarga
Assim
De relancina
Ao que parece
Se entristece
Com o bocejar ligeiro
Do que pensa
Ter verdade
Aflinge
Outra verdade
Que quer romper
Aquilo tudo
O que a casa
Nos dá
É um sentido
De estar
Perdido num futuro
Apregoa valores
Já validos
Porque a canoa
Pode em fim atracar
Não
Não era lá
Tal porto seguro
Por que o dia
Um dia amanheceu
Diferente
A frente
A semente colhida
Também foi
Escolhida
Se na aurora adiante
A árvore findou
Ficou então a sombra
De um mundo.