Pelo outro eu não existo
Nada de desaforos
Desculpa, sem desculpas
Não estou em lugar algum
Senão dentro de mim
Não me importa me ver em você
Não estou em você
Estou na sua boca
No desvio do seu olhar
Sou o outro que invade
Seu precioso imaginar
E pelo outro eu não existo
Nem reflito, nem acredito
Pelo outro eu não me encontro
Ofusco-me, sou verbetes
Sou debate sobre uma tese
Especulação de uma história
Na cordialidade, sou o agrado
Que faz com que o outro se despreze