Da veracidade!
Para contar outra estória, seja ela qual for,
Daquilo que se quer fazer, alheio nem entender,
Segrega o insondável, paladares abstratos,
Verte em águas salobras, entre verbos banais,
Sofreguidão & reclamação para tais ouvidos,
Sem querer tocar mais mágoas, algumas derradeiras,
Lágrimas embutidas, favores a prestação,
O que se fia para amanhã, desafia a exatidão,
Mal se cuida, para cuidar de outrem, desarvora,
Mais lamenta pelo correr da tampa, nada de travas,
Daquilo que toca, sem tocar em nada, sem nexo,
Afrouxa o cinto, sinto muito, sente realmente,
Mal que o aceite persevera, desarticulações no tempo,
Desmanche para outras construções daquilo que se espera,
O que esperar em tempo de muda, um pio mais casto,
Verdades sobre mentiras, farsas & farsantes,
Do olhar que se espera, ao toque sempre impreciso,
Subterfúgios exagerados sobre dobras avessas,
Da cartáse para a luz difusa, confusamente,
Por mente, a metálica sintonia, mais exageros,
Exaspera aos sufocos que cria no entorno,
Reviravoltas & simulacros para noites de insônia,
Fumaças que detonam a folha do centro, remendos,
A central espera, esperando, esperando...
Para contar outra estória, vem de onde vier,
Parafusos sem cabeças, portas sistemáticas,
Agrega o inominável, patamares sem extratos,
Verte em lágrimas tantas outras paranóias,
Solidão em estado comprimido, amaros expurgos,
Daquilo que se espelha, mal que se ressente,
Restam mais sobras, sobras sem ter a mesa,
Daquilo que se espera, vertigens sobre as pedras,
Rasgam a carne numa lâmina sutil, tombamento,
Solos para uma nova música, sem letra, sem tom,
Rude espera de uma noite melhor acolhida,
Todas as faltas que tanto poderiam preencher,
Das recusas mais infundadas, lamurias dispersadas,
Daquilo que se fez ontem para onde irá o amanhã,
Uma estrada em duras curvas, abismos & buracos,
A mão apóia sobre o corpo caído para do chão levantar,
A cabeça turva, mas na alma, sobram esperanças,
Tudo o que virá sempre será muito melhor!
Peixão89