ALMA NUA

Lá do passado trago a alma nua,

viajante, andarilha, encantada

que dispensa a maquiagem em teimosia

que ostenta a claridade revoltada...

e o negror da noite que recua

oculta a face hostil com cantoria,

minora a dor atroz do dia a dia

e viaja decidido pela rua!

Lá do passado vem simplicidade

que ensina o caminhar deste momento

dirige o revoar do pensamento

verdade intensa, em anos de saudade.

Clareza exposta em busca de alegria.

E o som da resistente madrugada

se embrenha na memória iluminada,

pelo eterno renovar da poesia!

Dete Reis

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 27/06/2014
Código do texto: T4861115
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