ALMA NUA
Lá do passado trago a alma nua,
viajante, andarilha, encantada
que dispensa a maquiagem em teimosia
que ostenta a claridade revoltada...
e o negror da noite que recua
oculta a face hostil com cantoria,
minora a dor atroz do dia a dia
e viaja decidido pela rua!
Lá do passado vem simplicidade
que ensina o caminhar deste momento
dirige o revoar do pensamento
verdade intensa, em anos de saudade.
Clareza exposta em busca de alegria.
E o som da resistente madrugada
se embrenha na memória iluminada,
pelo eterno renovar da poesia!
Dete Reis