Arrebatada

Você me maltrata quando assim me arrebata,
Qual Eros em sua paixão e me conduz ao ninho,
Me envolve neste desejo insano que extasia,
E me transforma em volúpia, em pura sedução.
Enamorada e envolvida nesta desmedida paixão,
Seduzida e transmutada em Afrodite, na poesia,
Da luxúria ébria de Baco, ao sorver seu vinho,
Por momentos em que estou entorpecida, inebriada.

Como deuses, vagamos por nosso Olimpo etéreo,
Eu em seus braços, você nos meus, entrelaçados,
sem sabermos onde um começa e o outro termina,
se é que terminamos e começamos, pura simbiose.
Deste amor que nos arrebata, beberei a última dose,
Sorverei em seus lábios a derradeira gota que fascina,
Flutuaremos no infinito de nós dois, corpos colados,
Ébrios de amor, por este tempo finito tornado e
terno.
LHMignone e Vana Barsan
Enviado por LHMignone em 27/06/2014
Reeditado em 23/10/2014
Código do texto: T4860962
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