Da Foz

Seu sorriso acordou meu olhar dormente

feito manhã, despertando a alegria;

os olhos castanhos, acordaram o dia

pois castanho se tornou, o meu sol-nascente.

Nos seus cabelos morenos, fui ventania

soltando segredos enroscados na mente;

como um amigo que soprasse um pente

em cada fio de pensamento que saía.

E a boca trouxe um vermelho tão quente

que tingiu, na minha, uma hemorragia...

um turbilhão de desejos, feito sangria...

feito um rio de salivas, incandescente;

e se fez a foz caudalosa e ardente

do meu corpo líquido, que já escorria.

25-06-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 27/06/2014
Reeditado em 11/12/2015
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