Acalanto
Leve-me daqui
Tire-me daqui
Saia comigo
Vamos ao infinito?
Eu acredito no impossível
E já o alcancei
As janelas abrem caminho
Ao vento,
Sozinho
Que entra atabalhoadamente
Silencioso
Leve-me daqui
Tire-me daqui
Saia sozinho
Vá ao infinito!
Minha pele pode arder em chamas
Meu cerne pode queimar com o fogo ardente
Mas minha confiança persiste inabalável como uma muralha
E se até as mais fortes muralhas podem ceder com a força do vento,
Se um furação vier ao meu encalço,
Tentarei resistir bravamente
Se um tsunami se atrever a me perturbar,
Aguentarei fortemente
E se algo tocar fundo em minha alma,
Saberá o que é o infinito
Um cosmo infindável
Cheio de estrelas mortas
Frias e quietas
Mil anos depois
E sua luz ainda chega em mim,
Me fatia, me estilhaça
E me controla
Mas quem disse que para tudo há um fim?