'Café, tá tarde'
Eu só preciso de cigarro e cordas,
afinar o violão,
prensar a fumaça no pulmão.
Café também.
É indispensável,
porém não o deixe esfriar
um aditivo além, que o amor de alguém
não os deixe esfriar, nem amor nem café.
que se estenda, do bom dia ao boa tarde,
que seja longo e adentre a madrugada,
há horas que esqueço,
que não tenho o controle do tempo.
Você eu não dispenso, nem café, por que eu mereço.
Você, por onde anda?
Não sei mais além daqui, além de nós, além de mim.
Não dou ouvido à boatos.
Não controlo,
sequer calculo meus atos.
Vasculho as gavetas dos armários,
prensando a tragada do café, até o ultimo gole do cigarro.
Alguém me permita esses prazeres, em troca cedo alguns favores.
Sensação das melhores já sentidas,
Café, amor, cigarros e mordidas.
- Eduardo De Caneda