No altar de Stonehenge
Ontem, em sonhos, fui abduzido e teletransportado
Para cinco mil anos atrás, para os maciços arcos
De pedra de Stonehenge, onde, na verde planície
Te encontrei, deitada em um altar em cuja superfície,
nua, amarrada por cordas pelos pés e punhos aos marcos,
aguardando o nascer da lua cheia, por druidas guardado.
Teu corpo alvo destacava-se do frio e negro granito,
Tinto por marcas de sangue de anteriores sacrifícios,
De virgens então imoladas em rituais de fertilidade,
Cumprindo rituais antigos seguidos desde tenra idade,
Sem se deterem a analisar se por mero costume ou vício,
Iriam sacrificar-te ao nascer da lua, calar teu grito.
Ao mirar teus cabelos revoltos, olhos a me olharem súplices,
Lábios entreabertos como a requerer perdão, braços ao alto,
Contidos, teu ventre liso, teu sexo, as colunas de tuas coxas,
Teus pés também amarrados, presos, a intumescência roxa
De teus pelos coloridos pela lua, te tomo nos braços de assalto,
Eu te rapto e fugimos juntos para outros recantos, cúmplices.
E acordo deste meu sonho louco, como se de atroz pesadelo,
angustiado, sem saber onde estou, e vejo teu corpo na cama,
a meu lado, nu, posição idêntica a que tinhas em meu sonho,
lembro-me de cinqüenta tons de cinza e logo me lanço e ponho
as amarras em teus pés e mãos, vendo acender a eterna chama,
também em ti, que sempre solícita atende a todos meus apelos.
Ontem, em sonhos, fui abduzido e teletransportado
Para cinco mil anos atrás, para os maciços arcos
De pedra de Stonehenge, onde, na verde planície
Te encontrei, deitada em um altar em cuja superfície,
nua, amarrada por cordas pelos pés e punhos aos marcos,
aguardando o nascer da lua cheia, por druidas guardado.
Teu corpo alvo destacava-se do frio e negro granito,
Tinto por marcas de sangue de anteriores sacrifícios,
De virgens então imoladas em rituais de fertilidade,
Cumprindo rituais antigos seguidos desde tenra idade,
Sem se deterem a analisar se por mero costume ou vício,
Iriam sacrificar-te ao nascer da lua, calar teu grito.
Ao mirar teus cabelos revoltos, olhos a me olharem súplices,
Lábios entreabertos como a requerer perdão, braços ao alto,
Contidos, teu ventre liso, teu sexo, as colunas de tuas coxas,
Teus pés também amarrados, presos, a intumescência roxa
De teus pelos coloridos pela lua, te tomo nos braços de assalto,
Eu te rapto e fugimos juntos para outros recantos, cúmplices.
E acordo deste meu sonho louco, como se de atroz pesadelo,
angustiado, sem saber onde estou, e vejo teu corpo na cama,
a meu lado, nu, posição idêntica a que tinhas em meu sonho,
lembro-me de cinqüenta tons de cinza e logo me lanço e ponho
as amarras em teus pés e mãos, vendo acender a eterna chama,
também em ti, que sempre solícita atende a todos meus apelos.