POEMA AO INVERNO
Mundo seco! estamos secos, vede:
Solidificamo-nos cobertos
Impenetráveis seres incertos
Prendemo-nos nos ângulos da
parede
Um frio bate a minha porta
Frio isolado em insônia
Frio que como lâmina incisiva, corta!
Seja-nos sol, o último suspiro
Liquidifica-nos descobertos
Penetráveis seres libertos
Nesta alma encarcerada que respiro.