De um Cálice de Cores Astrais

Enquanto a matilha passa

conversando em línguas estranhas

eu me derreto ao sol

com meu caderno de anotações

e meus olhos secos

se alimentam de cores astrais

enquanto na fresta do mundo

transeuntes caminham solitários

e mesmo que os olhares se cruzam

eu continuo lendo um Baudelaire

em frente a uma tela de Dali

de onde pululam formas decadentes

de animais estuporados de calor

e na próxima visão

eu enxergo um novo som

que Gilmour compôs alucinado

degustando um cálice de estrelas

e alguns tônicos siderais

que eu bebi outrora em um ritual

junto aos índios bruxos de Sonora.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 25/06/2014
Código do texto: T4858315
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