PARA “EU” UM DESCONHECIDO.
PARA “EU” UM DESCONHECIDO.
A tristeza invade a minha alma como um vírus,
Que dizima populações causando maculas,
Apodrecendo a pele e a esperança de um povo.
Sou um desconhecido que ainda tem poder,
Consegue andar pelas ruas lotadas a caça,
Escolher uma vitima ao acaso e seduzi-la,
Ainda tenho o poder do predador da matilha,
Que caça para a sobrevivência e liderança.
Hoje ao escolher a vitima não tem mais nome,
Não importa se há uma aliança em seu dedo,
Muito menos se há filhotes em seu bando.
A vítima é escolhida ao capricho do meu prazer,
Para caçada se concretizar basta um olhar.
Um encontrar de olhares no meio de tantos.
Paro e fixo o olhar sem mudar a direção do olhar,
Sou a tentação e o pecado do anjo que caiu,
Na minha tristeza quero provar que posso ser amado,
Um movimento mostra onde o meu corpo fala,
Aliás, ele não fala ele pulsa e grita por explosão.
A vítima esta seduzida por olhares e movimentos.
Não importa mais nada a partir deste momento,
Um vestiário de uma loja de departamento,
Um carro parado em um estacionamento,
Um hotel de baixa qualidade ou um motel,
O que importa é a satisfação e a explosão.
Por um momento me senti amado num coito,
A boca no meu falo me vez gemer palavras doces,
Talvez pensasse apenas em outra pessoa no momento,
Pensei numa vingança silenciosa contra o mundo,
O gozo foi apenas uma reação mecânica do caçador,
A vítima é apenas mais uma vitima de minha solidão,
Saio da cena do crime como “Eu” o desconhecido,
Que ama, mas está perdido em suas emoções,
Que não se acha no turbilhão de sua pequena vida,
Então sai em sua própria satisfação gerando gozo,
Gerando sonho que o amor ainda existe
e que ainda pode haver uma esperança...
André Zanarella 24/06/2014