Nenhuma interjeição é verdadeira.[...]

Nenhuma interjeição é verdadeira.

Nenhum pranto, nem sangue (mas que drama!)

Jamais se derramou sobre o papel.

Nem mesmo é de sentir que se produzem

Os versos que despertam sentimentos.

Também não é de súbito lampejo

Que nasce qualquer coisa que se leia.

Os versos sempre são premeditados

E escritos brutalmente a sangue frio.