Na Corte da Manhã

Na manhã fria

e tísica de inverno

os pássaros perderam

a hora.

Ora, atrasados

acordaram em susto.

Passaram

em bando:

barulhento “passarão”

afugentando a Morte.

Temeram ser

só passarinho só.

Acordo

entre servos

pardais, nobres

canários e bobos

da corte:

maritacas e papagaios.

Eu

também vou passando

me refugiando

na historieta

de um livro

onde brinco

de

Rei da Corte.

O corte se fez.

/

Caio na real.

Leonardo Lisboa

Barbacena, 24/06/2014

Poema para Ange

de Lo.

㨩漢

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 24/06/2014
Reeditado em 24/06/2014
Código do texto: T4856978
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