A MENINA DO SALTO
Era atrás de um muro
Que ela escondia
O que também
N’outras épocas
Mal se via
Tudo era tinta
Sobre um vinil
Rolante
Madrugadas caras
Vazio
Por deveras
Ser um cio vacilante
Fantasia
Não era nada
Disso que ela queria
Ver amigos
Enamorados
Amantes
Parados
Querendo
Aquela outra parte
Dormente
Que acordará
Facilmente
Se a bebida
Servida
For agradável
Aos lábios dela
Será então
Repetida
Que sorverá
Toda
Humanidade
Viverá
A casticidade
Presa
Ficará louca
Indefesa
Cuspirá em toda
Fraqueza que vier
Dizer chega.