Nas asas de um Anjo
Eu não acreditava em anjos
Até você aparecer
Minha fé era apenas no que se pode tocar
E no que se pode beber
A minha concepção de amor era ímpar
Egoísta, sarcástica e irônica
Mas você veio,como quem anda perdida por aí
E me encontrou, como o tal acaso quis
E no meu olhar cinzento enxergastes um brilho
Que era apenas o reflexo da luz que tu emanavas
Sei que são palavras já gastas, muito até antigas
Mais nada é mais antigo do que o amor
Meu coração de pedra agora pulsa, num ritmo
Como uma bailarino dançando nas luas ainda virgens de marte
E eu, bicho solto, homem primata, me faço hospedeiro
Dessa música sem refrão, outrora inédita
Agora incansável, meus olhos, meus lábios
Se fecham, e se abrem, só pra te ver e te chamar
Comigo é o seu lugar, deixa eu deitar
Debaixo das suas asas, dormir sobre sua vida