Nas asas de um Anjo

Eu não acreditava em anjos

Até você aparecer

Minha fé era apenas no que se pode tocar

E no que se pode beber

A minha concepção de amor era ímpar

Egoísta, sarcástica e irônica

Mas você veio,como quem anda perdida por aí

E me encontrou, como o tal acaso quis

E no meu olhar cinzento enxergastes um brilho

Que era apenas o reflexo da luz que tu emanavas

Sei que são palavras já gastas, muito até antigas

Mais nada é mais antigo do que o amor

Meu coração de pedra agora pulsa, num ritmo

Como uma bailarino dançando nas luas ainda virgens de marte

E eu, bicho solto, homem primata, me faço hospedeiro

Dessa música sem refrão, outrora inédita

Agora incansável, meus olhos, meus lábios

Se fecham, e se abrem, só pra te ver e te chamar

Comigo é o seu lugar, deixa eu deitar

Debaixo das suas asas, dormir sobre sua vida

Anderson Gomes dos Santos
Enviado por Anderson Gomes dos Santos em 23/06/2014
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