Adultério
Não há palavras, ou gestos inéditos
Apenas sentimentos que se destacam
Perante Deus ou o Diabo
Me viro do avesso, eu te amarro
Um sentimento cálido, profano
Debaixo do mesmo céu que assistiu
O soldado matar e morrer por nada
Vejo de óculos a cruz que carregamos
E o fardo em nossos ombros
De termos que amar tanto
E termos que nos esconder feito ratos
Por sermos, o pecado mundano
De se dividir entre a razão e a emoção
Entre a traição a nós mesmos
E a quem um dia nós amamos
As lágrimas darão ao medo coragem
Mas andaremos de cabeça erguida
Por trairmos a cama feita debaixo de um teto
Pra nos deitarmos na rede debaixo da chuva