Onde água se faz vinho

Da guerra ao suspiro da criação,

Daqueles momentos que não voltam mais,

Sou pensamento que vive na liberdade dos seus sorrisos,

Que me torna carcere, servo dos seus suspiros.

Eu encontrei a liberdade, mais me tornei escravo da incerteza,

Eu busquei a felicidade, e na constante busca me perdi,

Talvez viver seja a eterna espera pela morte,

Onde carne se putrifica em fado já sonhado.

Quero uma razão para viver sem se arrepender,

Quero sonhar sem correr o risco de ser apenas um sonho,

Quero encontrar aquilo que minha razão busca,

Quero encontrar aquilo que meu coração clama.

Já não sei o que esperar desses nossos dias,

Onde água se faz vinho,

Onde amor se perde em paixão,

Da plenitude de palavras eternas te entrego...

As minhas memórias póstumas que se fazem viventes,

Em cada vão momento, te faço existir,

Pois quem sou eu? Se não um simples viajante,

Que te busca, que te espera , que te leva para alem da vida.

Quanto tempo se passou? Desda ultima vez que fui feliz,

Quantas palavras se perderam?, e quantas já foram encontradas?

Para que hoje pudêssemos chamar o hoje de presente,

E quantas palavras serão ditas até que possamos chamar o amanha de futuro .

Pois essa são minhas palavras, que vivem dentro de ti,

Pois me faço razão em cada escolha de cada verso que você decidiu imaginar,

Sou todo pensamento,que esse meu poema te fez sentir,

E com você estarei no amanha incerto,pois enquanto palavras essas existirem, eu estarei aqui.

Bertassolli
Enviado por Bertassolli em 23/06/2014
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