Dores do Mundo
Flanco aberto em viva chaga
Sangram janelas banhadas em dor
Flui das alturas viva água
Sopro de vida, puro amor.
Amor asteca, variadas luas
Quebra ferido o herói de saudade
Leva no peito marcas de flecha
Cupido insano sem dó nem piedade.
Santas são as mãos carrascas,
Aladas sem alma, sem farol.
Escalpe por dentro do peito
Curtume às claras, exposto ao sol.