Dores do Mundo

Flanco aberto em viva chaga

Sangram janelas banhadas em dor

Flui das alturas viva água

Sopro de vida, puro amor.

Amor asteca, variadas luas

Quebra ferido o herói de saudade

Leva no peito marcas de flecha

Cupido insano sem dó nem piedade.

Santas são as mãos carrascas,

Aladas sem alma, sem farol.

Escalpe por dentro do peito

Curtume às claras, exposto ao sol.

Ancelma Bernardos
Enviado por Ancelma Bernardos em 23/06/2014
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