Noite insone
Ontem, mais uma vez, debalde, ansiei que tu viesses
Para meu recanto e te contivesses em meu santuário,
Me acolhesses nos braços, em teu colo, em teu ovário,
Por toda a noite fria ou talvez pelo tempo que desse.
Ontem, gemi calado esta imensa dor de tua ausência,
Suportei o martírio de não desfrutar de teu carinho,
Sofri o suplício infindo de não te ter em nosso ninho,
Beirei às raias da loucura, na vã procura, em demência.
Ontem, cheguei afinal aos limiares da própria sanidade,
Abraçado ao travesseiro como se a teu corpo amado,
De conchinha, senti tuas coxas entre as minhas, calado,
Gemi baixinho teu nome, ansiei e chorei de tanta saudade.
Hoje, só me restaram as marcas em meu lençol manchado,
No gozo de minha solidão, tu acabaste mesmo não vindo,
Deixaste-me sozinho a desfrutar deste instante tão lindo,
Em que te senti minha, como se tivesses também me amado.
Para meu recanto e te contivesses em meu santuário,
Me acolhesses nos braços, em teu colo, em teu ovário,
Por toda a noite fria ou talvez pelo tempo que desse.
Ontem, gemi calado esta imensa dor de tua ausência,
Suportei o martírio de não desfrutar de teu carinho,
Sofri o suplício infindo de não te ter em nosso ninho,
Beirei às raias da loucura, na vã procura, em demência.
Ontem, cheguei afinal aos limiares da própria sanidade,
Abraçado ao travesseiro como se a teu corpo amado,
De conchinha, senti tuas coxas entre as minhas, calado,
Gemi baixinho teu nome, ansiei e chorei de tanta saudade.
Hoje, só me restaram as marcas em meu lençol manchado,
No gozo de minha solidão, tu acabaste mesmo não vindo,
Deixaste-me sozinho a desfrutar deste instante tão lindo,
Em que te senti minha, como se tivesses também me amado.