E de ter os olhos cegos para o azul

Exercício infindo

De fingir neutralidade

Fênix no profundo das cinzas

Sabe do olho do sol

Sabe das armas apontadas

Sabe

Apenas sabe

Exercício cruel

Esse de querer respirar

E sentir os pulmões

Fechados

E de ter os olhos cegos para o azul

E de não poder ver o mar

O mar

O verde do mar

O frescor das ondas

E de saber que lá fora

Depois do monte de cinzas

Há um luar

E que a natureza respira

taniameneses
Enviado por taniameneses em 20/06/2014
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