Decifrando as mulheres
Por tanto tempo me mantive absorto, envolvido,
Na vã tentativa de querer entendê-las, supunha
Que ao fazê-lo descobriria o universo onde punha
A busca de toda uma vida, por tempo que hei vivido.
Quando elas dizem “não”, peremptórias, poderão
Estar a remoer um inquestionável “não sei”, talvez,
E quando dizem “sim”, possivelmente, desta vez,
Talvez digam “veremos” ou, sabe-se lá, um “não”!
Mulheres não são para ser tidas, mas sentidas,
E se expressam primordialmente por seus olhares,
Onde mostram o que vai em suas almas, como os colares
Pendurados em seus pescoços e enfrentam a vida.
Elas nunca dizem exatamente o que estão a pensar,
Não devemos acreditar pios no que dizem, por isto
não caminham entre o branco e o preto, mas num misto,
cinzento, amorfo, que não conseguiremos nunca decifrar.
Pode até mesmo ser que as mulheres sejam malas,
Talvez sem alças que carregamos por toda esta vida,
Mas pouco me importo, pois me são assim tão queridas,
Se elas adoram odiar-nos e eu odeio tanto adorá-las.
Por tanto tempo me mantive absorto, envolvido,
Na vã tentativa de querer entendê-las, supunha
Que ao fazê-lo descobriria o universo onde punha
A busca de toda uma vida, por tempo que hei vivido.
Quando elas dizem “não”, peremptórias, poderão
Estar a remoer um inquestionável “não sei”, talvez,
E quando dizem “sim”, possivelmente, desta vez,
Talvez digam “veremos” ou, sabe-se lá, um “não”!
Mulheres não são para ser tidas, mas sentidas,
E se expressam primordialmente por seus olhares,
Onde mostram o que vai em suas almas, como os colares
Pendurados em seus pescoços e enfrentam a vida.
Elas nunca dizem exatamente o que estão a pensar,
Não devemos acreditar pios no que dizem, por isto
não caminham entre o branco e o preto, mas num misto,
cinzento, amorfo, que não conseguiremos nunca decifrar.
Pode até mesmo ser que as mulheres sejam malas,
Talvez sem alças que carregamos por toda esta vida,
Mas pouco me importo, pois me são assim tão queridas,
Se elas adoram odiar-nos e eu odeio tanto adorá-las.