Povo brasil
Jogue lenha na fornalha
deixe a brasa vermelha te queimar,
esse Brasil vai nos tostar.
Que brasas quentes ardem
no seio desta gente!?
que calor amigável há neste lugar.
Gente da pela dourada,
curvas exorbitadas,
encantos gentil.
Simpatia doce deste Brasil,
chute certeiro e cheio de gingado
em direção ao céu anil.
Povo dono da sensualidade,
Dionísio e Afrodite perderam a vaidade,
Quando viu mil ritmos esse povo dançar.
Que sorriso sempre bem-humorado,
como a fronte do cerrado que renasce
depois do violento fogo a queimar.
Antropofágicos por excelência,
o mundo queima neste Brasil azul
aquecendo e reverberando nas costas de Atlas.
Mesmos frustrados por não terem um palácio,
a nação não vacila e cria a poesia:
Quero mais é rir da vida e nela se jogar.
Sorte de quem aqui nasce,
pois nesta curta passagem
verá as águas de março passar.
Hão de ver a garota de Ipanema,
na Esplanada ou em Iracema,
na mata ou no sertão.
Queima a brasa e arde o fogo brasileiro,
enquanto o mundo inteiro quer moeda,
aqui com modéstia e sem medo da moléstia
vive o povo intenso e que sabe
que a vida tem muita pressa para acabar.