Câmbio

Olho-me sempre no espelho,

Mas não me permito perder a imagem,

Sei que a língua portuguesa flutuou no Lácio

E que também perlustrou o Simbolismo gótico.

Meus pulmões trabalham a todo vapor

E não preciso dos Alpes para consertá-los,

Estou sempre atento e com zelo tanto

E racionalismo poético para mim não é espanto.

Realmente são muito belos, deveras

Os anos que marcam o despontar da existência,

A alma é perfume, a vida é excelência

E no madeiro braços abertos pedem perdão...

As coisas do cotidiano não sabemos onde as pomos,

O mar é lago sereno, a flor chora na fonte,

Se em ouvir estrelas garimpo diamantes,

No verde das paisagens exponho minha saga.

Nega Fulô é altruísta, é fonte de inspiração,

Por isso quando há pedras em meu caminho,

Não significa dizer que eu vá morrer amanhã,

As elegias que escrevo são cantos de liberdade!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 20/06/2014
Código do texto: T4851886
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