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Não furte os olhos gélidos
E as gotas sólidas que desfolham no chão.
Não requeira a minha capacidade de sofrer.
Deixe-me a sós com a solidão.
Sinto-me pertencida a sua escuridão.
Tiro a roupa e recosto-me sobre seus braços frios
Até pegar no sono e possa sentir-me enigmática .
Ando pé ante pé num varal estendido na minha janela.
Embaixo há um abismo que chama o meu nome.
A linha de chegada também traz um verso maldito
Mas ainda assim prefiro a poesia ao vazio .
Só peço que me deixe sofrer poeticamente em paz.