ESCONDERIJO
O relógio
Não invalida o tempo
Tempo contado
É demasiado
Fantasia
É um dever
A ser imitado
Não posso absorver
Então estes dias
Caneta e papel
Lápis borrados
Os detalhes do crime
A culpa que resseca
Bocas que mal falam
São jornais velhos
Roubados
Do que deveria
Ser queimado
Mas pode conter
O tempo contado
Então esse dias
Vão ser o
Relógio que
Me dá fantasias
A clareza de um
Vácuo preenchido
Onde podia
Ver uma certeza
”A beleza pode
Ser simulada
A fraqueza
São alicerces
Fortes onde
Se pode sentar”.