NO SIEMPRE PARA BIEN
Aqueles pesadelos com ondas gigantes
E árvores correndo atrás de mim
Não os tive mais.
Não sei por onde andam
As madrugadas de outono
As tardes de inverno
As manhãs de primavera
E as noites de verão;
Quem sabe estão perdidas
Ou se foram na rajada
Na seqüência dos dias
Na corrente ortográfica
Que separa o super do herói
Com um hífen,
Mas que une o super ao especial.
Sinto falta de acordar assustado
De medir a altura das ondas
De fugir das árvores malucas,
E sentir os pés no vento.
Queria de novo
As noites quentes
Manhãs floridas
Tarde frias
E madrugadas de pesadelos
No siempre para bien
Pero cambiamos.
Ricardo Mezavila.