TIBIRILIRAS*
(Para os operários de Santa Rita - E os operários?)
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
I
O povo:
Contempla o rio Tibirí
Que passa,
Tangendo felizes
Salmos,
Pois bebem dele
Raízes,
Desse meu verde pomar.
E me enche mais
Uma taça,
Das águas doces
Da fonte,
Antes que o céu santaritense
As aponte,
E elas prefiram Sonhar.
II
O salmista olha da popular a várzea.
O amor pregando sem peleja,
E ouve a canção que solfeja,
Para amaciar as máquinas.
Quero que a ele te iguales,
Nesse sendal de
Fé e esperanças,
Pelas máquinas que amaciavas
E no teu lar sonhavas...
III
As turbulências pagãs,
Nunca te causem surpresa,
Como a lâmpada acesa,
Glórias tiveres a expor.
Depois da noite vencida,
Contemplas o sol
Das manhãs santaritenses
E bebe as águas do Tibirí
DTibirizin.
.................................
(*)
Poesia publicada às fls., 124 in.: Antologia Del’Secchi, volume XVII: Antologia Literária Internacional/Organização Roberto de Castro Del’Secchi. Rio de Janeiro: Del’Secchi, 2007.