Dos impasses da espera

Como quem não se decide

se será feliz ou não,

sou da espera que demora

nos portais da solidão.

Vez em quando sou sorrisos

quando em vez o pranto vem,

não importa o quanto penso,

nem os porquês dos meus poréns.

Acho mesmo que a ilusão

sempre esteve a dominar,

sei que às vezes a solução

vive aquém do meu pensar.

E então num outro impasse

desse quase decidir,

volto novamente ao nada

dessa estrada sem porvir.

Sou exímio diplomado com louvor,

na minuciosa categoria da espera.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 14/06/2014
Reeditado em 24/06/2015
Código do texto: T4844455
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