Entardecer da alma*

“...existem ardis que de tão finos liquidam-se a si mesmos...’ (Franz Kafka, In A construção)

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Pelos caminhos do teu corpo efêmero

Vegeto e fujo-me á tua realidade

Com chave, sem olhar....!

E na crueza dessa macia demora

Demoro-me na dura hora vil

Da tua maquiagem enganosa.

Pelos caminhos da tua alma perene

Vivo e prendo-me á tua fatalidade

Sem chave, com olhar...!

E na maciez dessa crua espera

Espero-me na tua realidade ardil

Pelo suicidio dos meus próprios devaneios.

Assim, entre corpo e alma,

Rumo ao crepúsculo da alma para anoitecer.

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 12/05/2007
Reeditado em 31/10/2012
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