PROCELA

O vento era arrasador.

As folhas do canavial

cortavam tais navalhas.

Esmaeceram as dálias,

o céu toldou o manto,

aves crisparam o canto.

Caiu o cântaro da menina,

as roupas ficaram na tina.

O mundo virou moinho,

moeu o meu caminho

onde nunca mais pisei,

estancou a cachoeira

d’onde não mais saltei.

Àquela terra inóspita,

nunca mais retornei.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 12/06/2014
Reeditado em 03/10/2022
Código do texto: T4842135
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