Campo mortuário
Ouço o silêncio atroz dos tempos idos;
É o soluçar genérico da Dor,
— O estrépito fracasso dos vencidos,
Emergindo do solo em podre odor!
É o tombo dolorido dos sabidos,
— A teoria imprecisa desse amor;
Impressa nos fenômenos contidos
Do luto mortuário de uma flor!
É o som dos ventos gélidos passando,
— A dor da mágoa eterna se formando,
Entre as cruzes cravadas nesta terra...
E é em suma o ecoar triste dos soldados,
— Espíritos num campo, atormentados —
Em pleno inverno da segunda guerra!
08 de maio de 2014